way2themes

Wall·E (2008)

Por: | 15:04 Deixe um comentário
Avaliação

Quando eu já não esperava mais nada decente da Disney Pixar ela vem e estapeia minha cara. Uma hora ou outra as pessoas sempre verão eu me lamentando por não ter visto certos filmes antes.
Inicialmente eu pensava que Wall·E fosse apenas um romance entre dois robôs e só, mas essa animação Disney vai bem além de um romance robótico.

Depois de transformar a Terra em um verdadeiro depósito de lixo, poluído e inabitável, a humanidade abandonou o planeta para viver em uma imensa nave. Nesse tempo, foram enviados robôs para que limpassem a Terra, Wall·E por exemplo, era o robô que compactava o lixo da Terra e podia se auto-consertar com as peças reservas que tinha, o último robô que havia sobrado, até a chegada repentina de Eva.

Quando mostrado dentro desta nave onde vivem os humanos que abandonaram o planeta depois de transformá-lo em lixo puro, até então não sabia que haveria a aparição de humanos, mas foi mais interessante do que imaginava. Pessoas obesas, com suas estruturas ósseas deformadas, repousadas em poltronas flutuantes como uma cadeira de rodas automática sendo servidas por outros robôs com refrigerantes e pizzas. Era tanta tecnologia que me lembrou Minority Report em desenho, Havia uma tela diante das pessoas para que se comunicassem com outras, como um computador por exemplo, quando as pessoas se enfiam em seus bate-papos na internet, exatamente como fazemos hoje em dia, o tempo inteiro. Em cada cena uma referência importante com a sociedade e a humanidade atualmente. Como quando sem querer desligam essa tela de bate-papo e a mulher olha diante de si surpresa e diz "Nossa, não sabia que tínhamos piscina", isso porque já vivia há anos naquela nave. E sempre mostravam as pessoas comendo e bebendo como porquinhos.



O comandante da nave se dá conta de que ainda há possibilidade do planeta ser habitável depois de encontrar uma pequena bota com uma planta dentro, dado de Wall·E para Eva e o que fez irem parar dentro da nave e isso faz com que ele acorde pra vida e comece a se esforçar para que todos retornem ao seu planeta Terra. O filme então possui essa crítica à todos nós, o que somos hoje e o que vamos nos tornar se continuarmos assim. É uma bela animação, são pouquíssimos diálogos e ainda sim consegue nos dizer muita coisa, melhor que muitas animações já feitas pela Disney Pixar. No final vemos o comandante incentivando crianças e o resto da humanidade que vivia naquela nave a plantar tudo o que quiserem e assim vai reconstruindo o planeta de novo. É bonito, é um final alternativo para nós, um final feliz pra nós, um final que não teremos... não se continuarmos do jeito que estamos.


Uma outra referência é quando o comandante depois de passar quase toda sua existência naquela nave acomodado em uma poltrona e ele finalmente se levanta e encaixada em uma maravilhosa fotografia mostrando o espaço pela janela ao som de Also Sprach Zarathustra nos faz relembrar vagamente de 2001 - Uma Odisséia no Espaço de Stanley Kubrick e sim enrolei tudo isso só pra explicar a referência que me fez achar o filme quase mais que perfeito. Além disso ainda possui uma encantadora trilha sonora, o que já não me surpreende mais. É uma animação que vale a pena ser vista.

Direção: Andrew Stanton

0 comentários:

Postar um comentário