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Resenha: Sobrenatural (2011)

Por: | 18:51
Avaliação

Após se mudar para uma nova casa, a família Lambert descobre que estão sendo assombrados por um espírito maligno, que parece estar afetando diretamente o pequeno Dalton, que entra diversas vezes em comas sem nenhuma explicação. Na esperança de salvar a criança, mudam-se novamente para outro lugar e então percebem que o problema não estava na casa, e sim no garoto.

A sinopse original chega a me lembrar um pouco "Horror em Amityville". Estamos em uma época em que as pessoas estão fissuradas em buscar perfeição no cinema. De vista, essa visão é linda, mas para quem vê os sintomas que isso vem causando, acaba achando estupidamente desagradável. Sobrenatural possui seus diversos clichês apresentados nos filmes de terror desde, olha, muitos anos atrás. Acontece que estes clichês não devem ser interpretados de uma forma ruim, pelo contrário, é uma grande homenagem à clássicos do terror, como Poltergeist.

Acho que uma das coisas mais gostosas e assustadoras de um filme de terror é: quando você não sabe com o que está lidando, quando assusta e que você pode assistir sem tanto receio de quebrar a cara no final. Eu me assustei como uma criança. Quando você se envolve demais com qualquer filme, acaba correndo o risco de ficar com sequelas. E eu fui me envolver logo com esse.



Josh (Interpretado por Patrick Wilson - Watchmen, Prometheus) é pai de Dalton, e após passar por todo esse aperreio com o moleque mesmo mudando de casa, resolve recorrer à mamãe, Sra. Lorraine (Barbara Hershey), que após entender o que está se passando com o neto, resolver fazer uma confissão ao Josh, "ele herdou isso de você, filhão". Para que pudesse ter uma vida em paz, enquanto Josh era criança e passava pelos mesmos problemas que seu filho está passando agora, Lorraine recorreu à Medium Elise (Lin Shaye) para que pudesse ajudá-la a descobrir o que se passava com o filho e fazê-lo esquecer disso através da hipnose, para que não o afetasse.

Por quê raios o pequeno Dalton só foi começar a "dormir bem" depois de mudar de casa? Foi legal esse encaixe, porque dá a entender ao espectador, que a família perfeita e feliz se estragou porquê foi morar em uma casa assombrada. Errado. Depois de assistir também à sequência, percebi que por triste coincidência, Dalton, assim como seu pai, está na fase de desenvolver esse dom que ele tem, falar com os mortos. Um dom tão avançado que é de deixar Cole Sear (O Sexto-Sentido) no chinelo. Dalton adormece, e sua alma deixa seu corpo para andar junto dos mortos e se comunicar com eles no segundo plano. Acontece que esse plano é grande, e Dalton acaba se perdendo de seu receptáculo, permanecendo em coma.



O que alguns amigos espíritas me falavam, é que crianças possuem uma luz muito forte vinda de si própria. A pureza, a inocência e a bondade. Quando Dalton abandona seu corpo, ele se torna um recipiente vazio, e sua luz neste mundo acaba por atrair aqueles que não aceitam a morte, que, quando em vida, foram cruéis e talvez queiram a oportunidade de fazer diferente, ou fazer tudo de novo. Eles querem viver, eles querem ser o Dalton.

Hoje em dia a gente vê tanto filme de terror caindo no cinema, uns ridículos, outros mais ou menos. Os caras parecem simplesmente querer gastar o que tem na mão, então gasta fazendo qualquer merda e chamando de terror. O que não é o caso de "Insidious". O filme possui referências de filmes antigos de terror e aquele humor por entre o drama do próprio terror envolvendo Elise e seus assistentes. É um terror que vale a pena ver.


Sobrenatural (Insidious)
Direção: James Wan.
Elenco: Barbara Hershey, Lin Shaye, Patrick Wilson, Rose Byrne, Ty Simpkins